terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ficha n112

REFORMA DA UNIVERSIDADE

João III vai proceder à reforma da Universidade, não só no contexto da afirmação do poder real como também dentro das novas perspectivas do Humanismo Cristão.

No tempo de D. Manuel, e mesmo antes, havia muitos "bolseiros régios", que se dirigiram para os colégios de Paris. No tempo de D. João III este movimento de migração cultural foi mais intenso. Muitos deste bolseiros instalaram-se no Colégio de Santa Bárbara, acabando por ser ali professores - o que foi o prólogo da reforma da Universidade. Foi no seu reinado que se criaram novas bolsas de estudo no estrangeiro e o Colégio das Artes.
Por ordem do próprio rei, inicia-se em 1527 a reforma do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, um frade da Ordem de São Jerónimo, Frei Brás de Braga que cria uma rede de colégios à sua volta com funções de ensino e de recolhimento de estudantes sustentados pelo mosteiro.
No seu reinado,apareceu o poeta Luís Vaz de Camões, como também Garcia de Resende, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e João de Barros. Na náutica surgiu Pedro Nunes, na botânica Garcia da Orta, na arquitectura Francisco de Holanda, Miguel de Arruda, João de Castilho. Outros nomes destacáveis foram os de Luís Vives, André de Resende, Damião de Góis, João de Ruão e Nicolau Chanterrene. Erasmo dedicou-lhe uma de suas obras e o rei teria pensado em contratá-lo como professor da nova universidade de Coimbra, criada em 1537.